quinta-feira, 21 de junho de 2007

Sobre o que eu escrevo

Há um tempão eu escrevo, já deve fazer uns 10 anos, eu comecei a escrever poesias, tive uma adolescência grunge e meio deprimida, com várias coisas acontecendo, tanto em casa quanto na minha vida ‘social’, e comecei a ouvir The Doors e Guns’n’Roses (Don’t Cry era minha música de ninar) e comecei a ler Manuel Bandeira, Augusto dos Anjos, Camões e Vinícius de Moraes (mas eu não li muito do que ele escreveu), além de mais literalmente uma pilha de poetas, honestamente eu era muito boa nas aulas de literatura, até gabaritei um vestibular uma vez, e aí comecei a escrever as poesias, escondido, não deixava quase ninguém ler, tinha um pouco de vergonha do que escrevia, porque era o meu âmago que estava ali, hoje está tudo guardado numa pasta, de vez em quando eu releio e me impressiono com o que eu tive capacidade de fazer, algumas coisas muito boas, outras, como eu tive capacidade de fazer tamanho isso? Credo! Sempre tentei fazer um soneto, mas nunca consegui, Camões faz parecer tão fácil!

Depois mudei um pouco, minhas poesias pararam de ser boas, eu mudei meu jeito de ser e comecei a escrever textos, coisas maiores, onde a métrica deixou de ser importante e eu podia desabafar por mais tempo. Nunca parei pra conversar com ninguém sobre os meus problemas e também nunca quis preocupar minha mãe com isso, já que ela sempre teve outras coisas bem maiores pra se preocupar. Então escrevendo textos era minha maneira de me analisar, desabafar, ver o que estava errado e resolver todos os problemas sem incomodar ninguém. E assim foi por um tempão, até que parei. Fiquei não sei quanto tempo sem escrever nada, talvez porque eu estivesse numa fase boa, talvez porque não lembrasse mais como, só não escrevia mais.

Então, não sei por que, voltei a escrever, não lembro bem quando, sei que foi uma época que só escrevia pra contar de relacionamentos, terminei um namoro e ele me rendeu umas boas poesias e até uma música e voltei a escrever sobre algumas coisas e sobre meus relacionamentos, porque melhores amigas confidentes sempre foi meu fraco.

Nessa época já existiam os blogs, mas eu ainda não tinha tido vontade de mostrar pra tanta gente assim o que eu escrevia e não montei um nem tão cedo, vim montar um em março de 2005, quando me formei. Nessa época estava começando a febre do orkut, eu já tinha um há quase um ano, mas nessa época estava virando febre mesmo, e começavam as perseguições dos obcecados, que iam atrás de quem você era, onde morava, ou ficavam fuçando só pra falar mal. Até hoje, ainda bem, nunca sofri por conta do orkut, mas manter minha privacidade e uma certa discrição foi uma coisa que eu busquei quando fiz o blog, então não coloquei informações sobre mim, só quem me conhece que passa lá de vez em quando, ou um e outro estranho que passa uma vez e não volta mais, ao menos não acho que tenha nenhum stalker vigiando meu blog....

Uma coisa interessante no blog foi isso de publicar mas manter a privacidade, me forçou a escrever de uma maneira mais insinuante, no sentido de que eu nunca me abro escancaradamente, sempre procuro deixar o dito pelo não dito, assim só eu sei do que eu estou falando e a quem me interessa que saiba. Do mesmo jeito, este tipo de texto impede que as pessoas saiam deduzindo coisas sobre a minha vida, já que pode ser como pode também não ser. Uso muitas metáforas e idéias que parecem incompletas.

E como eu desabafo aí? Quando eu acho que preciso escrever algo mais profundo, uso o papel mesmo, que vai ficar guardado e só eu vou ler, então posso escrever de uma maneira mais solta.
Eu gosto do que eu escrevo, e alguns dos meus amigos, os que leram mais meu blog também gostam, eu tinha uma professora de literatura que amava, e uma professora de redação que odiava, e uma outra professora de redação que era de lua, dependendo do humor dela era tudo lindo ou tudo rabiscado de vermelho, já os homens que me amam, esses são o meu maior incentivo, desde sempre, em todas as fases, a das poesias, a dos papéis secretos e a do blog + papéis secretos, às vezes eu penso que se não me amassem não gostariam do que escrevo, mas como eu tenho amigos que gostam, eles gostariam também, o que me ajuda muito é que deles saem os melhores elogios, os maiores incentivos, e até o colo quando estou triste. Obviamente numero no plural porque são várias fases e vários amores, não todos ao mesmo tempo, como já expliquei, e estou reexplicando pra não criar confusão na cabecinha de nenhum amor mais distraído

Viu que além de tudo eu considero muito minha platéia
Guardei os rascunhos que não foram publicados no blog, os que eu não gostei ou os que simplesmente expiraram e perderam o propósito de serem publicados, guardo tudo que escrevo, que eu me lembro só risquei uma poesia, tentei passar umas a limpo, mas isso é missão impossível, com o tempo a gente descobre que os rascunhos são sempre melhores

Sem tristezas dessa vez, tomadas as broncas, to mais contentinha, deve ser minha sessão de bronzeado diária que tá me deixando mais animada
E é isso, um post meio making of, meio backstage, muito resumido, pra variar um pouco o tom.
Küsse!

domingo, 17 de junho de 2007

eu realmente gostaria de postar mais coisas felizes...

Achei que eu tinha conseguido coisas que eu não consegui
Achei que eu tivesse coisas que eu não tenho, e eu estava feliz até descobrir que estava somente iludida

Quando todo mundo vai viver sua própria vida o que me resta sou só eu
Minha força, meus pensamentos e as maneiras que tenho pra me fazer sentir melhor

Não adianta acreditar que tenho alguém além de mim, porque ninguém tem paciência ou vontade pra ficar comigo o tempo que eu preciso, pra me ouvir completamente, ou pra várias outras coisas
Ninguém me quer por perto por tempo demais (minha mãe não está incluída nesta conversa), porque cada um tem sua vida e eu atrapalho, é complicado me ter por perto, isso implica em ter que me dar um mínimo de atenção, e não é sempre que se quer isso, e não é sempre que se pode estar completamente à vontade e dizer o que se pensa comigo por perto

Momentaneamente desisti

Desisti de procurar a felicidade, de fazer novos amigos, de ter uma turma, de passar um dia feliz rodeada de pessoas, já tentei fazer isso muitas vezes e não deu certo

Desisti de lutar pelas coisas que disse
Desisti de postar sobre as idéias que tive enquanto estava trabalhando
Desisti de várias coisas

Estou completamente desanimada
Quero só dormir
Meus sentimentos piegas não são interessantes, e como eu já sei quais são, não tem porque escrever aqui

A vida é feita de altos e baixos
Às vezes são ondas e os altos e baixos são equivalentes
Às vezes os altos são maiores
Às vezes os baixos são maiores e você tem 1 coisa boa que acontece pra compensar 30 coisas ruins
O único problema é que a tal coisa boa nunca é longa, ou boa o suficiente pra compensar tantas coisas ruins, você faz planos e eles nunca se realizam, você adia coisas por quase um ano, e quase um ano depois você sabe que tem que continuar adiando, porque simplesmente não é possível
Você acha que conseguiu alguma coisa, mas na verdade não, aquilo que aconteceu com você foi por acaso, da próxima vez que você tentar que ela aconteça, a verdade vem à tona e você descobre que era tudo uma ilusão

Desanimei, desisti, vou dormir, não me acorde

terça-feira, 5 de junho de 2007

A lullaby for myself

True Colors

Composição: numsei....

"You with the sad eyes
Don’t be discouraged
Oh I realize
It’s hard to take courage
In a world full of people
You can lose sight of it all
And the darkness inside you
Can make you feel so small
But I see your true colors
Shining through
I see your true colors
And that’s why
I love you
So don’t be afraid to let them show
Your true colors
True colors are beautiful
Like a rainbow

Show me a smile then
Don’t be unhappy, can’t remember
When I last saw you laughing
If this world makes you crazy
And you’ve taken all you can bear
You call me up
Because you know I’ll be there

And I’ll see your true colors
Shining through
I see your true colors
And that’s why I love you
So don’t be afraid to let them show
Your true colors
True colors are beautiful
Like a rainbow

When this world makes you crazy
And you’ve taken all you can bear
You call me up
Because you know I’ll be there

And I’ll see your true colors
Shining through
I see your true colors
And that’s why I love you
So don’t be afraid to let them show
Your true colors
True colors, true colors
’cause there’s a shining through
I see your true colors
And that’s why I love you
So don’t be afraid to let them show
Your true colors, true colors
True colors are beautiful
Beautiful, like a rainbow"


Essa música é muito aconchegante
Tenho cantado muito pra mim mesma quando fico triste

Esta história de trabalhar é boa, mas não consigo mais postar!!!
Estou anotando e lentamente preparando uma série de postagens, coisa que eu ainda não fiz, várias postagens com o mesmo tema, que nem reportagem especial da TV, dai, quando tiver tudo pronto eu posto uma por dia pra animar isso um pouco

Fora isso eu estou muito feliz no trabalho,
Estou lutando por uma coisinha que eu quero, ainda sem saber pra onde vai, mas ainda firme, me dedicando como posso e sei e aproveitando o que eu tenho

Por hora é isso, aproveito o feriado pra ir pra Campo Grande, rever o trio (mami, mano e au-au)
Vamos ver se a 'calma' campograndense me inspira a postar de novo

Beijos e bejo bejo!