terça-feira, 13 de fevereiro de 2007

Desencanto

Eu faço versos como quem chora
De desalento... de desencanto...
Fecha o meu livro, se por agora
Não tens motivo nenhum de pranto.

Meu verso é sangue. Volúpia ardente...
Tristeza esparsa... remorso vão...
Dói-me nas veias. Amargo e quente,
Cai, gota a gota, do coração.

E nestes versos de angústia rouca,
Assim dos lábios a vida corre,
Deixando um acre sabor na boca.

Eu faço versos como quem morre.

Manuel Bandeira


As coisas não andam bem....

1 Comments:

Blogger Unknown said...

oi amor!
o que foi?
precisamos animar voce :)
beijos

quarta-feira, fevereiro 21, 2007 4:50:00 PM  

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